A Acelga bravia

A Beta vulgaris é uma planta que ocorre espontaneamente em terrenos baldios na maior parte da Europa, é conhecido o seu  uso desde os fenícios, e é digamos a espécie mãe de outras variedades mais conhecidas e consumidas como a beterraba, acelga branca, ou beterraba-sacarina, resultantes de séculos de domesticação.

O inverno deste ano potenciou o crescimento desta planta, alguns dos exemplares do meu "jardim" têm mais de 2 metros de altura, sendo uma planta bianual só no segundo ano produz uma longa espiga ramificada com flores, espero captar a maior parte das suas sementes, para assim aumentar a sua produção, já que aprecia o solo quem sou eu para a mandar embora.

Fotografia de telemóvel

Colhendo apenas as folhas exteriores, a planta continua a desenvolver-se normalmente, assim providenciando ricos esparragados, sopas, e tudo mais que se possa fazer com uma hortaliça verde, substituindo facilmente os espinafres, rica em vitaminas A, K1, K2, C e E, sendo também fonte de potássio, magnésio, e ferro, é de espantar a neglicência sedutora que se propaga em múltiplos terrenos, sem que seja colhida para acabar num prato, embora seja de lamentar quem a corte com o único intuito de "limpar o terreno".

Recomendo assim a atenção, produção e a degustação desta hortaliça silvestre, claro que desde o momento que a semeie deixa de ser considerada silvestre.

É de assinalar que é raro encontrar folha roída por lagartas, caracóis ou lesmas.

O despertar novamente ... do blog

Pois tenho andado bem esquecido de postar aqui alguma coisa, estava à espera que algo ocorresse de significativo na transição, mas nada ocorreu de assinalável, ainda não me mudei para a aldeia, mas tenho lá ido todos os dias, ter que regar ainda bem que a isso me obriga, para ser sincero têm sido mais palco de experiências, algumas falhadas e outras surpresas bem interessantes.

Exemplos de experiências falhadas:

• O canteiro de cenouras ficou atolado de urtigas de tal forma, que praticamente, só elas cresceram, mas as urtigas podem dar jeito para muita coisa;
• As poucas faveiras que semeei  com as chuvas deste ano, ficaram colmatadas em água, até apodrecerem, para o ano vou plantá-las em terreno inclinado;
• A tentativa de atrair abelhas para um cortiço.     

Exemplo de supresas:

• O acto de cortar "erva" para limpar o terreno, deixa-me sempre na dúvida do que estou afinal a cortar, será uma planta infestante nociva, uma medicinal interessante, ou uma planta comestível bravia, com alguma investigação descobri no mínimo plantadas pela mão da mãe natureza, as seguintes plantas que comi em várias refeições, as acelgas bravias que me fascinaram ( mais tarde desenvolvo como merece esta espécie), as serralhas e os espargos, estes últimos que embora não se encontrassem em minhas "propriedades" em quantidade de assinalar, fui colhendo em as mãos cheias no decorrer de passeios pedestres;
• Deixei de consumir leite só o utilizo como ingrediente em omoletes e purés, e para substitui-lo colho erva-cidreira e hortelãs para fazer infusões, e não tenho tido nenhumas saudades do lacticínio.

Amanhã espeto aqui mais alguma coisa.

Interregno no blog

Saudações!!

Não tenho grandes novidades para dar, tenho ainda muito para limpar e arranjar dentro de casa, e nos anexos como o "palheiro" onde estive a compor umas chapas que aí servem de telhado, pelo menos até ao próximo vendaval, estive também a humedecer algum composto proveniente de esterco e cama de uma mula, que mais parecia "lenha de iaque", não experimentei ainda por o referido combustível na ladeira.

Tenho a sorte de já ter o composto em armazém, pois o meu avô nesse local costumava ter uma mula, não me faltam também ferramentas agrícolas, e restantes equipamentos, já preparei um pequeno canteiro, onde peneirei a terra para retirar as pedras, uns espinafres serão ai os primeiros residentes.

Também tenho mesmo perto da futura horta, uma árvore que me parece ideal, para fornecer cabos para as referidas ferramentas.

Dado estar a começar, talvez não apresente novidades durante uns tempos, lamento ainda ter colocado fotografias, mas como vou de bicicleta não me lembro de levar a máquina.

A conspiração da lampâda

A conhecida conspiração da lâmpada, a primeira etapa conhecida do marketing do consumismo desenfreado, quando encurtaram em muito, o tempo de vida útil de uma lâmpada incandescente, numa manobra de cartel, é agora um vicio instalado, tudo o que é equipamento eléctrico ou electrónico, é feito para durar uns anitos, pouco depois do prazo da garantia, e quando não avariam já existem dezenas de modelos mais recentes lançados entretanto.

Estou a comentar isto, porque passei a maior parte da tarde a limpar um frigorífico, talvez com uns trinta anos, ferrugento e cheio de fungos, mas em completa função de suas atividades, pode não ser A+ em consumo energético, mas é uma questão para analisar com mais cuidado, sendo um frigorífico puro e duro, com 2 portas, com o congelador em cima, muito mais pequeno que um combinado ou o do moda atual, o side by side, o típico frigorífico americano, uma das imagens de marca duma nação deprimente consumista/capitalista. Um frigorífico mais pequeno, necessita de um compressor igualmente pequeno, logo mais económico, e o congelador em cima poupa energia, porque o frio vai para baixo.

Um frigorífico é um equipamento essencial, atualmente para a maioria das famílias de países industrializados, não é a porcaria dum iphone, e custa bem mais em média, se vermos a oferta existente, poucas marcas oferecem dez anos de garantia, mas upa upa nos preços desses modelos.

Se forem comprar um frigorífico brevemente, o que é bem possível,  pensem bem no volume que realmente precisam, e no que realmente precisam de por dentro dele.

Não tenho vergonha nenhuma de dizer, que a minha família (3 pessoas na altura) usou alguns anos um frigorífico do tamanho de uma máquina de lavar, e serviu perfeitamente.

Frigorífico mais pequeno, menos coisas compram, menos coisas comem, a balança e a saúde agradecem.

*Na questão do gás refrigerador ser antiquado e se poder libertar para estratosfera, afectando a camada de ozono, nada me garante que o gás utilizado é menos prejudicial, já que a maior parte do gás menos poluente vêm da China, e lá gostam de fazer umas grandes maroscas.

Acabei por não tirar fotos, nem a preparar o terreno, mas vi onde encontrar um bom composto para adicionar ao solo.

O adiar do destino...

Já há alguns anos, que venho a matutar, começar uma hortinha, mudar para a aldeia onde tenho uma casa rústica que herdei, mas coragem para isso não apareceu, por preguiça ou vontade de não me prender a um local, mas tendo em conta a inevitável crise económica, de recursos e de valores atual, e sobretudo por agora me encontrar totalmente disponível para abraçar este projecto, tomo hoje como oficial, o dia da implantação da minha mudança de atitude, porque na raiz sempre fui e sou ambientalista e consciente, penso eu.

Não pretendo virar um ermita, pelo contrário, espero vir a conhecer muitos seguidores dum estilo de vida com semelhantes ideias, podendo trocar assim experiências e conhecimentos.

Hoje, para além de começar a escrever este blog, vou fazer umas limpezas na referida casa, que se encontra na aldeia de Almonda, onde nasce o rio com o seu nome, contendo este lugar algumas particularidades interessantes, desde se encontrar perto do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, partilhando a sua paisagem, possuir uma das maiores grutas conhecidas da Europa com mais de 10 quilómetros de extensão, a maior de Portugal, estar entre fábricas da empresa Renova, conhecida internacionalmente por lançar o papel higiénico preto, e também perto duma portagem da A1.

Vou também tentar preparar algum solo para o cultivo de legumes, e tirar algumas fotos.

Seria óptimo poder com muitos seguidores, tornar este blog um "eco-farmville" real de aprendizagem e entre-ajuda, talvez mesmo com patrocinadores, para isso preciso da vossa ajuda, para divulgar e potenciar esta revolução!